Crônicas da Nemédia


Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus - Nemédia, Ophir, Brithúnia, Hiperbórea. Zamora, com suas mulheres de cabelos escuros e torres assombreadas por aranhas misteriosas; Zíngara e a nobreza; Koth, fonteiriça com as terras pastoris de Shem; Stygia, com as tumbas vigiadas por fantasmas; Hirkânia, e os cavaleiros vestidos de aço e seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, soberana do Ocidente sonhador. Nesta época surgiu Conan da Ciméria, cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, ladrão, saqueador, assassino, assolado igualmente por gigantescas crises de melancolia e jovialidade, para pisotear os adornados tronos da Terra com suas sandálias." (Crônicas da Nemédia)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

12 anos

Por pele de pêssego passeia a mão desajeitada. Desliza entre montes rózeos cobertos de pelugem fina, como a leve cerração de uma manhã no sul. Morna e macia, e trêmula também. Lábios que balbuciam o indizível dezejo carnal. Lábios que tremem e são mordidos por dentes brancos quando o corpo é tomado por mais mãos. E por cima deste corpo, outro serpenteia. A mão descontida busca tocar o objeto de desejo para então se entregar completamente.

Os corpos dançam como um só, em ritmo variante. Hora como uma respiração profunda. Hora como um arfar selvagem. Então estes corpos se entrelaçam e tomam formas estranhas, como monumentos vivos ao prazer. Talvez o tempo realmente pare para ver o que acontece, porque é impossível dizer o quanto passou. Os corpos suados então se enrijescem e tremem, com suspiros de alívio e satisfação, por saber que aquilo foi real.

Então um deles se levanta e se senta para fumar um cigarro, quando a polícia entra e prende o sujeito que acabou de fazer sexo com uma protituta de doze anos. Seria um bom Wisky, se não fosse crime.

PUM!

Nenhum comentário:

Postar um comentário